Quem viu, Viveu!

Quem viu, viveu. O ditado foi invertido, Quem teve o prazer de encontrar a Troça Carnavalesca Jornalística Futebolística Cervejeira Unidos da Copa Paulo Francis pelas ladeiras de Olinda, pode definir o que é se sentir vivo. Ou talvez não. Descrever em palavras as emoções sentidas durante o desfile da troça é impossível, por mais piegas que soe. "Uma pororoca de sensações" pontuou o diretor de produções audiovisuais, André "Wally" Arraes.

Antes das 14h, poucas pessoas aguardavam a agremiação na rua do Bonfim. Timidamente, mais gente ia chegando, uns pra fazer parte do bloco, outros por pura curiosidade (a arte magnífica do nosso abadá e do nosso estandarte chamava atenção de longe). A primeira garrafa de "Cana Fuerte" foi aberta, e assim como as pessoas chegavam para se juntar a Troça, timidamente ela ia sendo degustada, aquela sublime especiaria, receita milenar dos pigmeus da Babilônia. Os minutos foram correndo, e quando se pôde dar conta, já passava das 15h30, a orquestra estava pronta e um galão de 5 litros da referida bebida já estava fermentando nas barrigas de quem teve o prazer de ingerir a dita cuja. Às 15h40, devido ao atraso da orquestra, acho que pelo nervosismo de tocar na Troça da CPF, ao som do Hino do Elefante, a agremiação carnavalesca mais enrolada e bem apurada, como informava nosso estandarte, saiu pelas ladeiras de Olinda, sem um trajeto firmado. Havia apenas um destino: a glór...quer dizer, o Mosteiro de São Bento.

Nunca se viu algo como aquilo. Todos não tiravam os sorrisos dos rostos, mesmo para proteger a maravilhosa orquestra, todos faziam com a maior alegria, sem perder o compasso da dança. Alguns podem dizer que essa sensação de leveza, de paz, mesmo no meio da multidão, se atribuía a substâncias alucinógenas contidas na cana e nos demais componentes ingeridos antes e durante a frevança. Mas, ouso dizer que mesmo que limpos estivéssemos a leveza e a alegria seriam as mesmas. Ver aquela Troça, nossa Troça CPF na rua, agitando todos os lugares por onde passava, foi muito emocionante. Olhávamos e dizíamos: "É o nosso bloco!". Davi "Primeiro Damo" apontava a direção, cuidava dos destinos, Cazuza erguia o estandarte com maestria, cada uma fazia o que podia e o que não podia. A folia da CPF até curou pessoas. "Foi lindo mesmo, me resgatou das cinzas da gripe, foi impressionante: a animação, a alegria contagiante, a vontade de todo mundo de que aquilo desse certo." acho que depois dessas palavras do grande Gustavo "Ex-Mussolini" "Ex-presidente" "Paredão de Taipa" Maia não é preciso dizer mais nada.

Depois de tanta luta, tanto esforço, de tanta gente, ver aquilo realizado,  e não simplesmente realizado, mas com sucesso, de uma forma que nem na melhor das espectativas se podia prever. Depois de tanta coisa, ver aquilo concluído e ver a alegria de todo mundo, a sensação de missão cumprida tomou conta de todos. Muitas pessoas não seguiram o bloco e não fizeram parte da organização, mas estavam sempre dispostas a ajudar. Penso, e digo por mim, que alguns não acreditavam no sucesso da troça, e não se empolgaram com a ideia. Só posso dizer que perderam, mas sem rancor ou desapontamento, ano que vem, pode ter certeza, A Troça Carnavalesca Jornalística Futebolística Cervejeira Unidos da Copa Paulo Francis estará nas ladeiras de Olinda novamente!

Por fim, agradeço de coração a todos que fizeram parte, ajudaram, pensaram positivo e coisas do tipo. Com certeza ele só saiu por causa dessa galera. Agradecimentos especiais a AAAAron "Neto do Vento" "Charlinho" Athias e a Thaís "Presidenta" "Vida Loka" Vidal pela força e pela eterna disposição pra fazer tudo pela Copa e pela Troça. E uma lembrança especial a Julia "Ex-presidenta" Arraes, que está em corpo na França, mas que esteve com o coração e o espírito no Bloco. 

Rafael Magal,  

Presidente da CPF