sexta-feira, 12 de junho de 2015

Amor, meu grande amor...

- Bora socializar, parceira. Se não for jogar, pelo menos vá para torcer.
- Mas sábado eu estou cheia de coisas...
- Não dá para arrumar um tempinho? O nosso time precisa de torcida!
- Mas sábado é o dia que tiro para praticar um pouquinho de bateria...
- Tu vai passar teus próximos quatro anos com esse povo e não quer nem tentar fazer parte do time?

Era assim que Vinícius ficava tentando me convencer, via MSN, a ir para o Clube Líbano aos sábados para torcer ou fazer parte do time da sala. Aquela sala com qual quase ninguém eu conversava porque era tímida pra carai... Ainda assim, vamos lá, gostei da cor que eles tinham escolhido porque era a minha favorita. Pedi uma camisa para mim e estampei meu apelido de escola nela. Mas até aí, era só isso. O que eu não sabia era que, sem querer, Vini tinha criado um monstro! Me tornei tão apaixonada por aquele time que estava só se chegando em 2010 que hoje escrevo aqui, sofrendo, por estar indo embora. 

No meu primeiro jogo, perguntei às meninas quem queria ir para o gol. Ninguém queria. Nem eu... que sempre fui zagueira no colégio. Por falta de voluntária, acabei indo para debaixo do travessão. Acabei não saindo mais de lá. Exceto na única partida que não joguei desde então: a final de 2012, contra o PCF - única final a que chegamos. Isso porque, na rodada anterior, tinha saído de campo carregada para o hospital (pela primeira vez). Gesso na perna numa dividida com alguém do RYU. Um saco! Mas, yay, ganhamos uma prata! E quebramos um troféu.

Nosso time feminino crescia muito a cada temporada. Já os meninos sofriam com a falta de homem no CAC. Eram cada vez menos em campo. As derrotas por W.O. iam se somando, a coisa ia perdendo um pouco a graça. Véi, se eu pudesse, jogaria com vocês. Era brincadeira, mas acabou rolando. Depois de tantas negociações, fui escalada para jogar, também, pelos meninos. Um desastre, é verdade. Foram muitas goleadas - mas, ei, pelo menos tinha jogo! Fomos lanterna por quatro anos. Entregamos ela a um bicampeão em 2014 e respiramos um pouquinho aliviados...

O tempo também foi chegando para a gente... nós, que tínhamos meninas para três times no primeiro período, acabamos precisando também escalar jogadora de outra equipe para compor nosso esquadrão roxo, bem debilitado em 2014. Não tinha muitas esperanças para esta saideira... achei que não teríamos mais gente por perto, que a Copa teria que voltar aos cinco times com uma rodada em branco para cada um deles. Mas que nada! Esse ano mágico de 2015 conseguiu reunir todo mundo de novo. E, mais do que isso, colocou o DPC masculino pela primeira vez na história na liderança de uma tabela. Estávamos ganhando! Estávamos empatando! Por pouquinho não levamos os meninos ao pódio inédito! O time feminino carrega uma prata e alguns bronzes e, neste sábado (13), tenta garantir mais um numa partida que será dificílima contra as calouras.

Fiquei pensando um pouco em como as coisas andaram tão rápido. Meu amor pelo DPC crescia junto ao meu amor pela Copa em si. Quando comecei a jogar, fiquei viciada neste blog. Acompanhava TUDO que escreviam aqui: as resenhas, os palpites, as provocações. Que será que falariam do DPC naquela semana? Fui me empolgando com o tempo. Na minha primeira conversa com a ex-presidenta Thaís Vidal eu contei que tinha interesse em ajudar a fazer qualquer coisa na CPP. Ela, na hora, me colocou no grupo da Organização CPF. Passei a dar um monte de pitaco: queria mais tempo para as partidas femininas. Queria acabar com a troca de partidas na final. Queria abraçar a Copa com braços ainda bem curtos...

Aí rolou uma mudança de gestão bem significativa. Deco virou presidente da CPF. Lorena, da CPP. Maurício e Thaís (Lima) eram vices e a Organização se transformou em Diretoria. Nesse novo cenário eu virei editora do blog. Pronto. O suficiente para que a competição transbordasse no meu dia a dia. Eu respirava o blog! Era resenha, vídeo, foto, seleção da rodada, palpites e expectativas, prováveis escalações, chamadas nas redes sociais e muita porrada anônima nos comentários. Tinha hora que eu cansava e queria que todo mundo se explodisse. Mas aí chegava o sábado e tudo ficava tão bom de novo!

E, de novo, as coisas mudando tanto. Passei a bola do blog para Antonio.  E ele vem cuidando desse espaço muuuuuito melhor do que eu! As presidências mudaram de mãos. Chegaram Maurício, Wagner, Thaís e, agora, Marcela. Há poucos dias, até eu entrei na roda e me tornei Vice-Presidenta também! (Não teria rolado se eu ficasse todo sábado só tocando bateria - que, a propósito, está pegando poeira há um tempão).

Nesse momento eu fico rindo por ter prometido a mim mesma que faria um textinho e já passo dos SETE FUCKING PARÁGRAFOS. Ok. Vou resumir. Vou cair no clichê e dizer que os calouros são o futuro da Copa e que o PCC está fazendo um grande início! E estão mesmo! E quando eles estiverem saindo, vai estar fazendo 10 anos que o DPC estava entrando. Isso é muito doido!

Não sei como eu vou reagir amanhã, quando a arbitragem apitar o final do segundo tempo da disputa de bronze do DPC x PCC. Eu realmente não sei! Por enquanto, só espero que não role uma terceira ida ao hospital porque, pô, é noite de festa final! Mas o vazio e a tristeza já estão batendo - e é mais forte do que quando a gente se forma, cola grau e tudo o mais. A CPF e a CPP têm impactos muito grandes para quem participa dela ativamente! E eu vou dizer o quê mais?? VAI DAR UMA SAUDADE IMENSA! Não sei terminar esse texto de forma épica ou bonitinha, mas preciso aproveitar esse espaço para agradecer a todos os meus colegas de campo, de torcida e de festa por terem me proporcionado seis dos melhores anos da minha vida!

E, claro, encerro esse post com esse vídeo que não resume nem 10% do que foi tudo isso, mas já ajuda a dar uma noção! DPC, eu te amo! <3



Beeb,
Capitã do DPC,
Nega Veia 2013,
Melhor Goleira 2014,
Melhor Goleira 2012,
Ex-editora do blog,
Atual Vice-presidenta da CPP,
Pessoa que acha que essa assinatura ficou muito soberba mas é só brincadeira, pessoal.
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